Inicia a sua carreira pouco antes do 1.° Congresso Nacional de Arquitectura, em 1948, congresso esse em que participa e onde o ICAT - Iniciativas Culturais Arte e Técnica, e a ODAM - Organização dos Arquitectos Modernos, têm a sua intervenção mais importante, desempenhando um papel de particular significado na arquitectura moderna portuguesa.
Chorão Ramalho, membro do ICAM lisboeta, desenvolve, até ao início da década de 50, trabalhos na área do urbanismo na Câmara Municipal de Lisboa juntamente com Keil do Amaral e Faria da Costa, donde sai para se dedicar em exclusivo a projectos de arquitectura.
A coerência da sua obra, marcada pela forte capacidade de personalização, manteve-se relacionada com uma atitude comum a toda a geração de arquitectos do pós-guerra (1939-1945), que, lutando contra os modelos e linguagens vinculados politicamente ao Estado Novo, procuram afirmar-se numa lógica de depuração e de grande plasticidade formal, numa constante recusa do ornamento, entendido como artifício, e uma grande seriedade ética e profissional, acompanhada por um profundo conhecimento das questões tectónicas.
Algumas das suas principais obras são: o Centro Comercial do Restelo, Lisboa (1949-1956); o Hospital Regional de Beja (1755-1770); a central eléctrica e habitação para funcionários, Madeira (1958-1971); o bloco habitacional nos Olivais, Lisboa (1962); a Escola Comercial Pedro Nolasco, Macau (1963-1969); a Caixa de Providência, Setúbal (1965-1969); a Caixa de Providência, Angra do Heroísmo (1968-1974); o Hospital Regional de Viana do Castelo (1970-1980); a Chancelaria da Embaixada de Portugal, Brasília (1971-1976); o edifício da Caixa Geral de Depósitos, Leiria (1979-1980); e a Assembleia Regional, Funchal (1982-1988).